Concha
Quem é sua concha?
leve-a ao ouvido
ouça os som das ondas
e o batimento cardíaco
dos mariscos
dos mariscos
e das ostras
na vida que suspira e lambe a areia
Você vê minha dor,
não tem consideração
segura a mão dos inimigos que usaram o alçapão
E levanta calmamente para arrumar o calção
achar que amor se encontra em qualquer ocasião
mas se não tiver amor, será ao menos distração
suave e doce veneno que evita a corrosão
"Se eu novamente for vitimado pelo cruel dragão
jamais perdoarei meu coração
por não ter demonstrado a ele
minha mais gentil compaixão.
Minha obrigação
é o perdão?
Ou nos custa a força sincera para quebrar os laços vãos?"
as novas cumplicidades
são desvio de valor.
Para permanecer discreto
e manter o que conquistou:
não fazer novas alianças (*)
é resgatar o que ficou.
(solidão é o dia de hoje
dormindo com o sol para sentir
a radiação
noturna e taciturna
você corre pelas ruas
e explica todo dia
como perdeu o orgulho
dos dias em que me viu)
(*)os inimigos estão se unindo, em seus complôs centenários. O complô de Deus também é eterno, mas não se mistura com vinagre.
Atenciosamente,
Thaís Fernanda Ortiz de Moraes
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