Poema à vizinha, com amor

Acho que ela se convenceu

em algum momento há 10 anos por aí

que não gosta de mim

mas quer muito meu bem

Ela sabe da minha dor

pelo mal que me fez

ao mentir,

extorquir

meu bem-querer.

E por isso não consegue

superar o fel da maldade

Mas quer meu bem

e vê minha dor

e sabe que se eu não chacoalhar meu olhar

morrerei na poeira da solidão.

Mas não pode me dar

amor

porquanto me odiou.

Um dia mostrou amizade

foi em 2000

mas seu coração em sinceridade

penetrava minhas membranas

Eu não sabia que ele era seu querido

e me entreguei por completo

ela quis agradá-lo

e me paquerou totalmente.

Nada rolou

o tempo passou

ela me aniquilou

ela beijou e casou

com meu outro amor

ela agiotou e extorquiu

meu maior bem-querer.

Viramos a cara

Ano passado ela cuidou do meu menino

em um lar provisório

Ano passado ela foi minha aluninha

estava velhinha

chateada porque o queridinho dela

dizia: amorzinho!

E lhe virava o tino.

Ela gostou do meu projeto

na serra para tratar de senhorinhas simpáticas

Entrementes

nos levaram

para terras distantes

detrás das barras:

Flordelis, acusação falida!

Maltratos ao marido moribundo

mentira desmentida!

Ela sabia que eu me dirigiria àqui.

Ela chegou antes e se meteu no meio do meu pessoal de ordem familiar

porque sabia como a banda iria tocar

Caiu prá dentro da vila

ela não precisava,

ela não queria.

Mas precisava me proteger.

Deus, Deus, Deus!

O que fiz para merecer?

O 2 na promessa à Tim

o 5 na promessa ao seu próprio coração!

O 2 amarrando o 5 na semente da jaboticabeira

que brilha no olho dela

e o guia para sua vida eterna.

Puxou à Leandra

Krisna puxou o marido da menina.

Mas por causa da dor que o demônio colocou entre nós

na competição por dois homens que se amavam

Ah, tamanha imaturidade a nossa

por não dividirmos uma cama à quatro!

Por causa desta loucura de Madhu, o demônio da discórdia e da divisão

você me mostra que quer meu bem

chacoalhando o meu temor.

Eu vos imploro,

tenha piedade de mim!

Posso escrever-lhe poemas para que tu ofereças

em forma de canções de querubim

Mas respeite os limites

da minha porta de latinh'a

Me perdoe este escândalo,

você é parte deste luto e sabe bem.

Aos meus poemas, diga sim 

junto ao seu amado produtor se quiser

mas não me subjugue

e vá prá puta que o pariu!



(à Paula e Nando, com amor)


Thaís Fernanda Ortiz de Moraes

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