"Entre Quatro Paredes"
No livro "Entre Quatro Paredes"
Jean-Paul-Sartre
defende que a cumplicidade
do casal
se pareia
no fundamento do ciúme do cônjuge alheio
como forma de protecionismo do próprio relacionamento
Na medida em que o auxiliar (mordomo)
serve a ambos os casais
presentes em um flat a luzes acesas
na mesma medida e ao mesmo tempo
e que este é o pós vida desta "família".
Assim, a reafirmação da existência
é o desejo do outro cônjuge pelo serviço do mordomo,
concomitantemente
que é diferente do desejo dele próprio impelido no seu próprio cônjuge
para que o serviçal atenda a pedidos que não são possíveis ao serviço de um mordomo
(pois o mordomo atende a serviços materiais
e o desejo dos casais é para a conclusão de relacionamentos casuais
sendo a dúvida em serem casados antes de irem à este Além)
A dúplice cumplicidade que se resulta deste jogo de sedução em forma de DRs
mediada pelo mordomo
projeta no próprio cônjuge e no casal que lhe acompanha a dor de partilhar o sentimento de perda
da presença
da única saída à vida fora do destino (o mordomo)
de se estar com aquele que não se sabe ao certo
se foi sua escolha em vida -
mas então estará longe também
do cúmplice duplo
a quem se acredita que pode ser o ideal para sua convivência (o outro casal)
e só por este motivo foi colocado naquela sala com o próprio cônjuge
junto deles.
(Quando o Existencialismo atinge a etapa de afirmação à qual se questiona sobre a razão de estar na terra apesar do nihilismo (não poder atingir a vida plena em tempo de vida terrena, por mais que se tente), Jean-Paul Sartre escreve alguns romances e peças que falam sobre a vida justificada em uma atitude pró ativa de existir.
Na peça "Entre Quatro Paredes", exemplificada acima, o esclarecimento sobre a existência ser uma forma limpa de se viver cabe ao fato de que após o matrimônio buscamos saber se amamos nosso cônjuge especulando sobre amar o cônjuge alheio. Eis a busca eterna do amor em um único amor.
Em "As mãos limpas", busca-se justificar as atitudes praticadas em nome da justiça como meio de agir no existir.
Em "As moscas", acusa-se uma situação de corrupta e negligente para se pedir justiça em forma de meio de existência.
Em "A náusea", há um desconforto que se torna um sintoma de um diagnóstico por uma situação econômica ou social, a qual é o motivo da doença que se manifesta. Vencer o sintoma é vencer a doença como motivo de continuar existindo. A doença é sempre social).
Atenciosamente,
Thaís Fernanda Ortiz de Moraes
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