O corpo que vela a esposa na noite em que o marido vai ao caixeio

O corpo que vela a esposa na noite em que o marido vai ao caixeio


dentre os sabores das convivências

aprendi uma palavra:


algo sobre a 

impermanência.


Sei que seu semblante

e o significado de tua

existência


é o momento que dividimos

do agora


que isso nos baste.


Se você existe

com outras cores

em lugares

menos insalubres


que eu não me ofenda

pelas veredas

acinzentadas

que me acalantam


nas madrugadas

tombadas de sono frio

nas meias-palavras

de vizinhos

vadios


Sonhando com um dia

após o outro

ao lado do derradeiro 

encontro


Quando chega o fim da noite

e a manhã se revela


você estava ao meu lado

junto ao corpo

que me vela?


Luv,


Thaís Fernanda Ortiz de Moraes

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