Última gota d'água.

 Quando a face iluminou 

a última gota d'água

que era suor e lágrima

de um derramamento de sangue puro

A nossa nobreza esfarrapada

esclareceu em meias palavras

sobre a falsidade do amor

e toda sinceridade na dor que não chorávamos mais


Os leitos não velados

que acumularam-se em nossas lembranças

Nós permitimos crer

que eram dor e desandança


Nós dissemos a nós mesmos

que a distância 

e o tempo

colidiu a ponte entre o seu e o meu

momento.


Nós sentimos muito

mas acabou a ternura


É Natal

Há dinheiro


Não há fortuna


Mando um sorriso pela vida que perdura


Insisto a ausência

consciência

do mau-agouro.


Luv,


Thaís Fernanda Ortiz de Moraes

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